A prestação de cuidados de saúde durante 24 horas é um processo muito exigente, que requer uma distribuição horária diferente de muitas outras áreas de emprego.
Nesta área, é exigido tanto aos profissionais como às instituições de saúde um ajuste constante na gestão horária de turnos, para assegurar a presença dos profissionais e garantir a segurança dos clientes, o que representa um dos maiores desafios que os gestores e chefes de serviço enfrentam mensalmente.
Para o normal funcionamento das instituições de saúde, os horários estão habitualmente divididos em 3 turnos: manhã, tarde e noite, que interligados asseguram a continuidade de cuidados 24 sob 24 horas.
Por outro lado, a formação destas equipas deverá ter em conta os momentos de maior e menor necessidade dentro da instituição de saúde. Neste processo, alocar os profissionais de saúde, gerir as férias individuais, complementar faltas inesperadas, são apenas alguns exemplos de uma gestão complexa mas necessária para assegurar a prestação de cuidados contínua.

Como gerir os fluxos de trabalho e os momentos de maior e menor exigência?
A pergunta é pertinente e certamente colocada por muitos profissionais, tal como por gestores e chefias.
# Turnos de longa duração
Considerando estes aspetos, a alocação de turnos longos a uma equipa de saúde é essencial para a garantia da presença dos profissionais de saúde durante o período de 24 horas.
No entanto, a alocação de turnos curtos adequados e ajustados aos fluxos de trabalho, tarefas específicas e momentos de maior exigência, são igualmente de grande importância para garantir um incremento na qualidade da prestação dos cuidados e da sua constante melhoria.
# Turnos de curta duração
Estes turnos poderão ser utilizados de diversas formas e objetivos, reforçando a sua importância para a prestação de serviços em locais onde as equipas de saúde se encontrem sobrecarregadas.
Estes possibilitam a alocação de profissionais nos setores onde existe maior fluxo ou exigência, reforçando a equipa e garantindo a organização e equilíbrio na dinâmica de um serviço de saúde.
O reforço das equipas permite uma distribuição equitativa do trabalho e, consequentemente, uma concentração e capacidade acrescida para lidar com imprevistos e situações de emergências que caracterizam o dia a dia dos serviços de saúde.
# Turnos de curta duração inseridos em turnos de longa duração
No sentido da melhoria constante da qualidade do serviço, requere-se uma nova integração de turnos de curta duração na dinâmica dos turnos de longa duração.
Ao complementarem-se, conferem aos gestores e chefias a garantia da manutenção dos cuidados nos momentos de maior exigência, tal como, uma dinamização do trabalho da própria equipa na resposta às necessidades.
Num momento em que nos aproximamos da fase crítica nas instituições de saúde - a chegada do verão - cabe aos gestores e chefias repensarem sobre os conceitos de turnos longos e curtos, no sentido de complementarem as suas equipas com os recursos humanos necessários para a segurança de todos nós.
Este artigo foi escrito por Miguel Graça, Head Nurse na MyCareforce, a plataforma que conecta enfermeiros a instituições de saúde. Utilize esta ferramenta como profissional, entre em contacto para publicar turnos como instituição ou acompanhe-nos no Instagram, Facebook e LinkedIn.