O absentismo é uma das principais preocupação diárias de gestores de instituições de saúde portuguesas.
Esta expressão caracteriza-se pela ausência por um período de um ou mais dias (ou turnos), isto é, o incumprimento dos horários pré-estabelecidos ou dos turnos atribuídos. E estende-se também a atrasos na hora de chegada, prolongamento da hora de almoço e antecipação da hora de saída.
Dados facultados pelo Portal da Transparência do SNS revelam que, em 2021, ocorreram faltas equivalentes a 5,1 milhões de dias, com um aumento de 21,6% face aos valores pré-pandemia de 2019. A sua origem varia, entre:
- Greve
- Casamento
- Falecimento de familiares
- Proteção na parentalidade
- Assistência a familiares
- Acidentes em serviço ou doença profissional
- Cumprimento de pena disciplinar
- Período de férias
- Doença justificada por atestados médicos
- Ausências justificadas a trabalhadores-estudantes
- Outras faltas injustificadas, não previstas
Como consequência direta podemos assistir a uma queda da produtividade e do clima organizacional, à redução da qualidade dos serviços e a um grande transtorno para gestores hospitalares. Por sua vez, nos colegas que assumem a substituição, assiste-se a uma sobrecarga de trabalho e acumulação de cansaço.
Como tal, é importante identificar os motivos do absentismo, com o intuito de criar condições e mecanismos de controlo para diminuir os índices de ocorrências no âmbito hospitalar, onde, em muitos casos, são exigidas 24h de cuidados permanentes.
Cabe às instituições oferecerem condições flexíveis para que os enfermeiros possam equilibrar a vida pessoal com a profissional, sentindo-se valorizados.
Mas como resolver o absenteísmo?
Já se questionou quanto custa a uma unidade, por ano, um colaborador chegar atrasado ou simplesmente faltar sem justificar? Se tem sentido dificuldade e não sabe como solucioná-lo, apresentamos-lhe 4 sugestões:
#1. Invista numa política de assiduidade
Escreva um documento informativo e orientador sobre as ausências e políticas de assiduidade para todos os profissionais da instituição, independentemente do seu cargo.
Esta política deverá ser concreta e clara para todos os enfermeiros, tendo estabelecido os procedimentos a adotar nas situações de absentismo e os próprios profissionais já saberão as consequências da sua ausência.
#2. Feedback Regulares
Peça e dê feedback regularmente, ouça aquilo que os profissionais, que diariamente estão na linha da frente, pensam e sentem. Este é um ótimo mecanismo de controlo que permite ter um retorno sobre os motivos (fatores internos e externos) que levam alguém a ausentar-se frequentemente do seu local de trabalho.
É importante analisar o feedback recebido e ponderar se há algo ao alcance dos gestores para alterar este comportamento.
#3. Aposte na qualidade de vida dos profissionais
As instituições deverão proporcionar aos profissionais de saúde condições, ferramentas e equipamentos adequados para o ótimo desempenho das suas funções.
Com boas condições de trabalho, ainda que exigente, tudo se torna mais eficiente. Para tal, deverá questionar e conhecer as condições relevantes para a sua equipa, relativamente ao que é "qualidade de vida":
- Valorização: Reconhecimento do trabalho do enfermeiro no seu dia-a-dia.
- Facilidade e eficiência: Fatores que contribuem para que o profissional execute o seu trabalho com facilidade, com processos bem estruturados, acesso a tecnologias e serviços, uniformes, apoio da gestão, etc.
- Crescimento pessoal: Sentimento de que o enfermeiro irá desenvolver-se profissionalmente e avançar na sua carreira na instituição onde se insere.
- Saúde e bem-estar: Sendo a profissão que é, tal seria de esperar uma forte promoção de um modo de vida saudável, quer pela alimentação, exercício e descanso.
- Relações interpessoais: Fatores que contribuam para reforçar vínculos interpessoais entre colegas, impulsionar o ambiente interno de cooperação e facilitar o acesso à cultura.
- Ambiente físico: tudo o que garante um ambiente seguro e confortável. Tenha atenção à higienização dos espaços e materiais, ergonomia no ambiente de trabalho e correta iluminação dos espaços.
#4. Disponibilize um cronograma flexível.
Um dos maiores incentivos poderá ser dar a possibilidade de os enfermeiros organizarem a sua agenda de forma mais flexível. Verá que esta medida também terá consequências no aumento de produtividade e na relação de confiança entre o enfermeiro e o gestor.

É frequente as equipas de recursos humanos sentirem dificuldade para solucionar este problema e encontrarem substitutos para o absentismo inesperado, assegurando que nada falta aos pacientes.
Para tal, surgiu a MyCareforce, a plataforma portuguesa que conecta enfermeiros a turnos em necessidade nas instituições de saúde. Com um apoio personalizado, irá conseguir selecionar e alocar profissionais qualificados para as suas necessidades de enfermagem.
Com uma bolsa de milhares de enfermeiros registados à procura de turnos, part-times e full times, esta pode ser a solução a curto, médio e longo prazo que a sua equipa precisa, para ter melhores condições internas e acabar de vez com o absentismo.
MyCareforce, a plataforma de contratação de enfermeiros em unidades de saúde. Utilize esta ferramenta como profissional, ou entre em contacto para recrutar profissionais. Acompanhe-nos no Instagram, Facebook e LinkedIn.